sábado, 27 de junho de 2009

O rei da Selva!Leão!

O leão (Panthera leo) é um grande felino, originalmente encontrado na Europa, Ásia e África. Tais felinos possuem coloração variável, entre o amarelo-claro e o marrom-escuro, com as partes inferiores do corpo mais claras, ponta da cauda com um tufo de pêlos negros (que encobrem um esporão córneo, para espantar moscas) e machos com uma longa juba. Há ainda uma raridade genética de leões brancos, que, apesar de sua linda aparência, apresentam dificuldades de sobrevivência por se destacarem nas savanas ou selvas, logo, tendo imensas dificuldades de caça. São exclusivos da reserva de Timbavati.

Os leões estão muito concentrados atualmente nas savanas reservadas, onde caçam principalmente grandes mamíferos, como antílopes, zebras, búfalos e javalis; entretanto, um grupo pode abater um elefante que esteja só. Também é freqüente o confronto com hienas, estando estas em bandos ou não, por disputa de território e carcaças.

O leão é apelidado de o "rei dos animais" por se encontrar no topo da cadeia alimentar. Não obstante, são os felinos mais sociáveis do mundo: um grupo pode possuir até quarenta indivíduos, composto na maioria por fêmeas.

Etimologia
Nas línguas românicas, o nome do leão deriva do latim leo;[1] cf. Grécia antiga λέων (leão).[2] Na língua hebraica, a palavra lavi (לביא) também está relacionada a essa etimologia,[3] bem como o rw do Egito antigo.[4] Em seu Systema Naturae, Carolus Linnaeus descreveu a espécie como Felis leo, no século XVIII.[5] A designação científica genérica, Panthera leo, talvez seja derivada do grego pan- ("todos") e ther ("besta"), mas talvez seja essa uma etimologia mais popular do que acadêmica.[6] Sob origem da Ásia Oriental, Panthera leo pode significar "o animal amarelado ", ou até "branco-amarelo".[6]

Classificação
O leão apresenta 15 subespécies, algumas delas extintas.

Panthera leo azandica - NE Congo
Leão-do-catanga (Panthera leo bleyenberghi) - Katanga
Leão-congolês (Panthera leo hollisteri) - Congo
Leão-sul-africano (Panthera leo krugeri) - África do Sul
Leão-do-atlas (Panthera leo leo) † - Norte de África, extinto na natureza em 1922
Leão-massai (Panthera leo massaicus) - Quénia
Leão-do-cabo (Panthera leo melanochaita) † - África do Sul, extinto em 1860
Leão-núbio (Panthera leo nubica) - Leste africano
Leão-asiático (Panthera leo persica) - Antigamente espalhados da Turquia à Índia central e do Cáucaso ao Iêmen, porém hoje restrito à floresta de Gir no noroeste da Índia, aonde restam não mais do que 300 exemplares.
Leão-europeu (Panthera leo europaea) † - extinto desde 100 d.C. Habitava a área mediterrânea da Europa (de Portugal à Bulgária e da França à Grécia). Status como subespécie ainda não confirmado; pode ser sinômino de Panthera leo spelaea ou Panthera leo persica.
Leão-etíope (Panthera leo roosevelti) - Abissínia
Leão-senegalês (Panthera leo senegalensis) - Senegal
Leão-somaliano (Panthera leo somaliensis) - Somália
Leão-do-sudoeste-da-áfrica (Panthera leo verneyi) - Kalahari
Leão-americano (Panthera leo atrox ou Panthera atrox) † - América do Norte, extinto no Plistocénico
Leão-das-cavernas (Panthera leo spelaea) † - Europa e Ásia (centro e norte), extinto no Plistocénico

Aparência

O leão macho é facilmente reconhecido pela sua juba. No entanto, existe em Angola uma subespécie quase extinta, em que nenhum dos indivíduos possui juba. Seu peso varia entre as subespécies, num intervalo de 150 kg a 250 kg, raramente ultrapassando esse peso na natureza. As fêmeas são menores, pesando entre 120 kg e 185 kg. São dos maiores felinos vivos, menores apenas do que os tigres-siberianos e tigres-de-bengala: os machos medem entre 260 e 330 cm, e as fêmeas, entre 240 e 270 cm. Podem correr numa velocidade aproximada de 50 km/h, mas somente em pequenas distâncias.

Quando filhotes, machos e fêmeas têm a mesma aparência; no decorrer do crescimento, os machos adquirem as jubas. Chegando à maturidade sexual, os machos novos optam por viver sozinhos ou disputar a liderança do grupo.

Distribuição geográfica

Leões fêmea em seu habitat natural, em Masai Mara, Quênia.O território do leão em épocas históricas compreendia toda a África, Oriente Médio, Irão, Índia e Europa (de Portugal à Bulgária e do sul de França à Grécia).

Hoje ainda se podem encontrar leões na África sub-saariana, mas populações significativas só existem em parques nacionais na Tanzânia e África do Sul. A subespécie asiática consiste hoje apenas de cerca de 300 leões que vivem num território de 1412 km² na floresta de Gir, noroeste da Índia, um santuário no estado de Gujarat.

Os leões foram extintos na Grécia por volta do ano 100 d.C. e no Cáucaso, seu último local na Europa, por volta do século X, mas sobreviveram em considerável número até o começo do século XX no Oriente Médio e no Norte da África. Os leões que viviam no Norte da África, chamados de leões bárbaros, tendiam a ser maiores que os leões sub-saarianos, tendo os machos jubas mais exuberantes. Talvez viessem a ser uma subespécie de leão, o que não foi confirmado.


Hábitos


Esses grandes felinos vivem em bandos de 5 a 40 indivíduos, sendo os únicos felinos de hábitos gregários. Em um bando, há divisão de tarefas: as fêmeas são encarregadas da caça e do cuidado dos filhotes, enquanto o macho é responsável pela demarcação do território e pela defesa do grupo de animais maiores ou mais numerosos (como eventuais ataques de hienas, búfalos e elefantes).

São exímios caçadores de grandes herbívoros, como a zebra e o gnu, mas sabe-se que comem quase todos os animais terrestres africanos que pesem alguns poucos quilogramas. Como todos os felinos, têm excelente aceleração, mas pouco vigor. Por isso, usam tácticas de emboscada e de ação em grupo para capturar suas presas. Muitos leões desencadeiam o ataque a 30 metros de distância da presa. Mesmo assim, muitos animais ainda conseguem escapar. Para sobreviver, um leão necessita ingerir, diariamente, cerca de 5 quilos de carne, no mínimo, mas caso tenha a oportunidade, consegue comer até 30 quilos de carne numa só refeição. Isto acontece porque nem sempre os leões são bem sucedidos, e, logo, sempre que o são, aproveitam toda a carne disponível para não precisarem voltar a caçar tão cedo.


Vista comparativa entre um ser humano e um leão, 1860Apesar do fato das fêmeas efetuarem a maior parte da caça, os machos são igualmente capazes. Dois fatores os impedem de caçar tantas vezes quanto as fêmeas: o principal é o seu tamanho, que os tornam muito fortes, porém menos ágeis e maiores gastadores de energia; outro fator, de menor relevância, é sua juba, que sobreaquece os seus corpos, deixando-os mais rapidamente exaustos.

As fêmeas são sociais e caçam de forma cooperativa, enquanto os machos são solitários e gastam boa parte de sua energia patrulhando um extenso território. É sabido, porém, que tanto machos como fêmeas passam de 16 a 20 horas diárias em repouso, num regime de economia de energias, uma vez que seu índice de sucesso em caças é de apenas 30%.

As fêmeas precisam de um tempo extra para caçar, porque os machos não cuidam dos filhotes. As leoas formam bandos de dois a dezoito animais da mesma família, o que as caracteriza como o único felino realmente social. Apesar de a caça em grupo ser mais eficiente do que a caça individual, sua eficácia não é tão compensadora, já que, em grupo, é preciso obter mais alimento para nutrir a todos. É mais provável que a socialização das fêmeas vise a proteger os filhotes contra os machos.


Ataques contra humanos

Cria e leão adulto a comer um búfaloEnquanto um leão faminto provavelmente irá atacar um humano que esteja próximo, normalmente os leões preferem ficar longe da presa humana. Alguns casos de leões famosos devoradores de homens incluem os leões de Tsavo (imortalizados no filme A Sombra e a Escuridão) e os leões de Mfuwe. Em ambos os casos, os caçadores que encararam os leões escreveram livros detalhando a "trajetória" dos leões como devoradores de homens. No folclore africano, leões devoradores de homens são considerados demônios.

Os casos dos devoradores de homens de Mefuwe e Tsavo apresentam algumas semelhanças. Os leões de ambos os incidentes eram todos maiores que o normal, não tinham juba e aparentavam sofrer queda de dentes. Alguns especulam que eles possam ser de um tipo de leão ainda não classificado, ou então que encontravam-se doentes e dessa forma não conseguiam abater presas.

Ainda foram reportados outros casos de ataques de leões contra humanos em cativeiro.


Status de conservação

Leão criado em zoológico em Melbourne, Austrália.Desde a antiguidade o leão vem sofrendo extinções territoriais: Europa Ocidental (ano 1), Europa Oriental (ano 100), Cáucaso (século X), Palestina (século XII), Líbia (1700), Egito (década de 1790), Paquistão (1810), Turquia (1870), Tunísia e Síria (1891), Argélia (1893), Iraque (1918), Marrocos (1922), Irã (1942), dentre outras. Ainda no final do século XIX estava quase extinto da Índia.

Uma série de fatores se acumulam para ameaçar a continuidade da existência dos leões: seu número populacional reduzido, a constante redução de seus territórios e a caça indiscriminada são os principais. No continente africano, o mais grave fator a contribuir à sua extinção tem sido o abate retaliativo dos seres humanos: uma ampla cultura de gado favorece ataques ocasionais dos leões aos animais dos fazendeiros, que os perseguem e matam quando isso acontece. A caça, tanto ilegal como legal (pois é permitida em vários países do continente africano) também tem sido fator muito grave: por viver em grandes bandos e em áreas abertas, é mais fácil de ser caçado do que tigres e leopardos, pois sendo estes de mais difícil localização, torna-se o leão o maior alvo da caça indiscriminada.


Simbologia



O Leão é um dos doze signos do zodíaco.
O leão é conhecido como o Rei dos Animais, e assim é retratado em muitas histórias infantis, como O Rei Leão e O gato de botas.
Sua imagem é normalmente associada ao poder, à justiça e à força, mas também ao orgulho e à auto-confiança.
O leão também é um símbolo solar.
No livro das revelações, o Leão de Judá é o Messias: "Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos." (Apocalipse 5:4-6). O leão também aparece no estandarte da tribo de Judá.
Como símbolo do safári africano, pertence ao grupo de animais selvagens chamado de big five, correspondente aos 5 animais mais difíceis de serem caçados: leão, leopardo, elefante, búfalo e rinoceronte.
No Brasil, devido à veiculação, em 1979, de uma campanha publicitária sobre a ação fiscalizadora da Receita Federal nas declarações de Imposto de Renda, em que aparecia o animal, tornou-se uma metáfora freqüentemente usada pelos meios de comunicação para simbolizar aquela autarquia[7] ("prestar contas com o Leão", "Leão do Imposto de Renda").

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Aves do mundo a fora!

Abelharucos

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Coraciiformes
Família: Meropidae
Género: Merops

Nome em Inglês:
Bee-eater

Distribuição
Os abelharucos podem ser encontrados em vastas regiões do planeta, nos dois hemisférios, nomeadamente em África e na Europa.
Abelharuco

Alimentação
A sua alimentação consiste basicamente em frutos, sementes e insectos.

Hábitos
Os abelharucos vivem em colónias numerosas, e escavam os seus ninhos nas encostas de areia, ou terra macia. As fêmeas
põe em média 3 a 9 ovos.

Tamanho
O tamanho médio destas aves quando adultas é de 35 cm.

Estatuto de conservação
Segura . A espécie não corre qualquer perigo e a quantidade destas aves é abundante em muitos locais dos continentes onde vivem.

Abutre-do-Egipto

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Ciconiiformes
Família: Accipitridae
Género: Neophron
Espécie: N. percnopterus

Distribuição
Esta espécie pode ser encontrada no Sul da Europa, na Ásia e em África.

O abutre do Egipto ainda voa nos céus de Portugal.
Ainda é possível de encontrar este necrófago em alguns locais de Portugal, entre a Primavera e o Outono. Um desses locais é o Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), onde vive a maior colónia do país, ou no Parque Natural do Tejo Internacional. Ocasionalmente, pode ser observado noutros locais, mas o seu aparecimento é muito remoto e normalmente são aves destes parques que temporariamente abandonam o seu território, voltando depois aos locais de origem. Poucos são os animais avistados que não pertencem a estes grupos.

Durante o Inverno, estas aves fazem uma pequena migração até ao Norte de África, onde as temperaturas são bastante mais amenas.

O seu tradicional voo em círculo não é mais que o aproveitar das correntes térmicas, o que lhe permite manter-se no ar por longos períodos sem fazer qualquer tipo de esforço, enquanto procura alimento.

Como forma de garantir a permanência destes animais nos nossos céus são deixados por locais considerados apropriados, carcaças de animais mortos, para garantir um mínimo de alimentação permanente e de boas condições a estes animais e outros animais necrófagos. Apesar de todos os esforços feitos, esta espécie ainda está em perigo, pelo que vai ser necessário continuar a seguir e monitorizar estas aves no seu habitat durante algum tempo.

Reprodução
A fêmea do abutre do Egipto faz um ninho numa fenda das rochas, onde depois põe, por norma, 2 ovos.
O tempo de incubação dos mesmos é de 42 dias.

Açor

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Ciconiiformes
Família: Accipitridae
Género: Accipiter
Espécie: A. gentilis

Distribuição
O açor habita um pouco por toda a Europa, desde a costa ocidental até à Turquia, aparecendo ainda com alguma frequência no norte de África, em Marrocos.

Em Portugal, pode ser avistado em todo o território, embora na região a sul do rio Mondego o seu avistamento comece a ser mais raro. No entanto, não existe no Arquipélago dos Açores, ilhas a que deu o nome.

Aquando do descobrimento destas ilhas, no meio do Oceano Atlântico, os marinheiros ficaram surpreendidos com a quantidade de aves de rapina que aí encontraram, e daí a baptizarem o grupo de nove ilhas com o nome desta ave foi um passo.

Alimentação
A alimentação dos açores é feita com base em outras aves mais pequenas, geralmente pombos, rolas ou estorninhos que apanha no ar, em pleno voo.

Tamanho
Os açores atingem cerca de 50 a 60 cm e a sua envergadura atinge os 115 cm.

Reprodução
Os ninhos desta espécie são feitos em cima de árvores altas, que permitam uma certa segurança. Feito o ninho, a fêmea deposita entre 2 e 4 ovos.

Águia-das-Filipinas

Nome científico: Pithecophaga jefferyi

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Ciconiiformes
Família: Accipitridae
Género: Pithecophaga
Espécie: P. jefferyi

Distribuição
Esta ave já só habita um pequeno conjunto de ilhas das Filipinas. As florestas das ilhas de Leyte, Luzon, Mindanão e Samar são o seu último refugio.

Depois da desflorestação bárbara a que o sudueste asiático foi sujeito, deixou de haver lugar para elas noutros locais, onde há não muito tempo ainda voava em todo o seu esplendor.

Alimentação
É conhecida pelos locais por águia-pega-macaco, já que da sua alimentação fazem parte macacos e lémures, entre outros animais de grande porte.

Tamanho
Uma destas águias pode medir até cerca de 1 metro e ter uma envergadura de 2,40 metros, sendo considerada uma das maiores a nível mundial.

Reprodução
Julga-se que cada fêmea põe um ovo a cada 3 anos, num ninho que chega a ter 3 metros de diâmetro.

Estatuto de conservação
O seu estatuto de conservação é de Perigo Crítico, estima-se só existirem a viver em liberdade cerca 250 indivíduos.

Águia-imperial

Nome científico: Aquila heliaca
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Ciconiiformes
Família: Accipitridae
Género: Aquila
Espécie: A. heliaca

Distribuição
Esta espécie de águia já só habita em locais isolados uns dos outros, embora ao longo de uma vasta área. Contudo, já existem poucos indivíduos em cada local.

Pode ainda ser encontrada em algumas zonas da Europa, principalmente na Penisula Ibérica, nos Balcãs e na Turquia, também numa faixa estreita que se estende pela Ásia Central e ainda ao longo do Rio Nilo, no Egipto.

No Norte de África, em Marrocos, ocorrem com alguma regularidade alguns casais, embora estes façam parte da população espanhola destas aves, que apanha as correntes de ar quente africanas para pairar até este continente.

As águias-imperiais são muito parecidas com as reais, embora a sua dimensão seja ligeiramente menor. Uma ave adulta chega aos 80 cm de altura e atinge uma envergadura de 2,00 m.

Alimentação
Da sua alimentação fazem parte pequenos roedores, aves de menor dimensão e com muita frequência répteis, principalmente cobras.

Em Espanha, notou-se uma ligeira recuperação em relação ao número dos casais registados e monitorizados, embora neste momento se preveja que esta espécie corra perigo de extinção a curto / médio prazo, se não forem tomadas medidas importantes.

Pardal

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeri
Família: Passeridae
Género: Passer

Origem
O pardal é a ave mais fácil de observar em Portugal e também no resto da Península Ibérica. Pode ser encontrado noutros países da Europa, mas aí a concorrência com outras aves, como o tordo, não lhes confere tanto protagonismo.

Apesar de ter origem na Europa, hoje existem pardais em todos os cantos do mundo levados pela mão humana, numa altura em que ninguém se preocupava com o que poderia acontecer com aves invasoras, ou mesmo com outras espécies.

As vilas e cidades, onde se adaptaram como nenhuma outra, são o habitat preferido destas aves, apesar de poderem ser encontrados também no campo, em grande abundância.

Alimentação
As migalhas, insectos e minhocas são a base da sua alimentação, e os núcleos habitacionais proporcionam todo esse alimento. As chaminés e os beirais das casas proporcionam locais ideais para a sua reprodução, que acontece na Primavera.

Hábitos
Nas zonas densamente arborizadas, podemos encontrar numerosos bandos destes barulhentos animais, que alegram os fins de tarde, voando de árvore em árvore até ao anoitecer.

Dimorfismo sexual
É muito fácil distinguir o macho da fêmea. O macho, tem a cabeça e parte das asas castanhas escuras, sendo o resto do corpo de um tom pardo, acastanhado, ao passo que a fêmea apresenta em todo o corpo uma coloração uniforme, de cor castanho esverdeada.

Ao contrário do que se pode pensar, estas aves são extremamente frágeis e todos os anos o número de aves mortas durante o Inverno é muito grande. No entanto, a sua facilidade em reproduzir-se faz com que esse factor perca alguma importância. Em algumas zonas mais frias, é frequente os habitantes colocarem pequenos reservatórios com manteiga, onde os pardais vão buscar parte da sua gordura corporal para combater o frio intenso.
Os pardais podem medir até 15 cm

o passarinho piriquito!


Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Género: Melopsittacus
Espécie: M. undulatus

Outros nomes
Periquito-comum
Periquito-australiano

Origem
Ave natural da Austrália, está para os australianos como os Pardais estão para os europeus, podendo ser encontrado com muita facilidade em qualquer cidade ou vila deste país.

Curiosamente, a cor destas aves na Natureza é apenas o verde, sendo que todas as outras cores que conhecemos são mutações decorrentes da criação em cativeiro.

Hábitos
Vivem em bandos de muitos animais, por isso, é uma excelente ave para ter em viveiro comunitário.
Extremamente brincalhões e tagarelas, fazem barulho para chamar a atenção, seja piando, seja batendo com algum dos seus brinquedos.

É possível ensinar estas aves a repetir algumas palavras, mas necessitam de muito tempo e atenção para começarem a «falar».

Dimorfismo sexual
Para distinguir o macho da fêmea, basta olhar para a coloração da zona das narinas, que nos machos é azul, e nas fêmeas, rosácea.

A gaiola
A vantagem dos Periquitos é não necessitarem de gaiolas que ocupem muito espaço, já que a sua dimensão não ultrapassa os 16 cm.

Como muitas outras aves, o Periquito gosta de tomar banho, principalmente durante o Verão, por isso coloque na gaiola uma banheira com água limpa e fresca, para que ele o possa fazer.

Reprodução
A criação destas aves também é relativamente simples, uma vez que basta ter um macho de qualquer idade junto de uma fêmea jovem, para a criação poder concretizar-se com sucesso. Assim, se pretender fazer criação, no início da Primavera coloque uma caixa-ninho na gaiola, e poderá ter novidades a qualquer momento.

Alimentação
Quanto à alimentação, é muito fácil de adquirir, já com as sementes e vitaminas necessárias misturadas. Se pretender fazer criação, deve ainda fazer um suplemento vitamínico de papas, que também encontrará com muita facilidade em lojas da especialidade, em alguns casos feitas pelo próprio dono da loja.

Existem no mercado pedras de cálcio com vários formatos, o seu Periquito necessita de ter uma em permanência.

Estas aves gostam ainda de comer legumes frescos e fruta. Os legumes podem ser dados depois de bem lavados em água corrente.

Esperança de vida
O tempo médio de vida de um Periquito ronda os 10 anos.

o passarinho piriquito!

o fofo ramster

Hamster ou Criceto é uma designação comum a diversos pequenos mamíferos roedores, da sub-família Cricetinae, encontrados na África e Ásia, dotados de grande bolsa facial e de cauda muito curta.

É também o nome vulgar de um roedor nativo da Síria (Mesocricetus auratus), encontrado no mundo todo como animal de estimação ou como cobaia.

Características
Possuindo grandes dentes incisivos que estão em constante crescimento, necessitam estar sempre roendo para evitar que cresçam demais.

O tempo de vida médio dos hamsters é de dois anos, contudo alguns podem viver até três ou quatro anos, dependendo da espécie.

Existem diferentes espécies de hamsters espalhados por todo o mundo e muito deles habitam regiões semi-desertas onde vivem em tocas.

Estas tocas são formadas por vários túneis e câmaras que são utilizadas para armazenar comida ou dormir. Os hamsters são animais noturnos, que dormem durante o dia quente e ficam acordados à noite quando está mais frio. Eles enxergam muito mal , mas têm o olfato apurado e uma excelente audição.

Muitas espécies de hamsters têm as bochechas dilatáveis, isto é, bochechas que aumentam de tamanho, onde eles podem carregar comida e forragem para ser guardada em sua toca.

A palavra hamster tem sua origem na palavra alemã "hamstern" que significa "acumular" ou "armazenar", uma referência às suas bochechas.

Poucas espécies de hamster são criadas como animais de estimação, mas atualmente o hamster é um dos mais populares animais de estimação em diversos países por ser docil e carinhoso


As principais espécies que são criadas como animais domésticos são o Anão Russo e o Sírio. A primeira espécie apresenta o corpo peludo que traz alergia, e a pelagem de listras pretas e brancas. O Sírio tem corpo alongado e a pelagem de cores variadas, branco, preto ou amarelo (marrom claro).

Variedades
Pode-se dividir as espécies do Hamster em selvagens e domesticáveis, de acordo com a possibilidade ou não da criação em cativeiro. Segundo este critério, tem-se:


Selvagens
Cricetus cricetus - Hamster do Campo Europeu
Mesocricetus newtoni - Hamster Romeno
Mesocricetus brandti - Hamster Turco
Mesocricetus raddei - Hamster Ciscaucasiano
Cricetulus alticola - Hamster Ladak
Cricetulus barabensis - Hamster Listrado Chinês
Cricetulus curtatus - Hamster Mongol
Cricetulus eversmanni - Hamster de Eversmann
Cricetulus griseus - Hamster chinês
Cricetulus kamensis - Hamster Tibetano
Cricetulus longicaudatus - Hamster de Cauda Longa (menor)
Cricetulus migratorius - Hamster Armeno
Cricetulus triton
Cricetulus obscurus
Cricetulus pseudogriseus - Hamster de Cauda Longa (maior)

Domesticáveis
Mesocricetus auratus - Hamster Sírio (A espécie mais comum, em cativeiro)
Phodopus campbelli - Hamster Anão Russo Campbell
Phodopus sungorus - Hamster Anão Russo Winter-White - também chamado de Hamster Djungariano ou Siberiano (branco invernal).
Cricetulus griseus - Hamster Chinês
Phodopus roborovskii - Hamster Roborovski

Outras espécies
O Hamster Camundongo, das espécies Calomyscus bailwardi, Calomyscus baluchi, Calomyscus mystax e Calomyscus urartensis também são consideradas espécies selvagens do Hamster.


Curiosidades
Apesar de não manifestar afeto, e ser caracteristicamente de comportamento individualista mesmo com os da própria espécie, o hamster pode ser condicionado a aprender alguns truques, utilizando-se para isto da técnica de oferecer recompensas.
São animais independentes, pois não precisam de cuidados como banhos, nem vacinas (não transmitem doenças, desde que estejam em um ambiente sem doenças), e tendo uma gaiola confortável com comida de qualidade e água limpa viverá sem nenhum problema.

Classificação
Família Cricetidae
Subfamília Cricetinae G. Fischer, 1817
Gênero Allocricetulus Argyropulo, 1933
Allocricetulus curtatus (G. M. Allen, 1925)
Allocricetulus eversmanni (Brandt, 1859)
Gênero Cansumys G. M. Allen, 1928
Cansumys canus G. M. Allen, 1928
Gênero Cricetulus Milne-Edwards, 1867
Cricetulus alticola Thomas, 1917
Cricetulus barabensis (Pallas, 1773)
Cricetulus kamensis (Satunin, 1903)
Cricetulus longicaudatus (Milne-Edwards, 1867)
Cricetulus migratorius (Pallas, 1773)
Cricetulus sokolovi Orlov e Malygin, 1988
Gênero Cricetus Leske, 1779
Cricetus cricetus (Linnaeus, 1758)
Gênero Mesocricetus Nehring, 1898
Mesocricetus auratus (Waterhouse, 1839)
Mesocricetus brandti (Nehring, 1898)
Mesocricetus newtoni (Nehring, 1898)
Mesocricetus raddei (Nehring, 1894)
Gênero Phodopus Miller, 1910
Phodopus campbelli (Thomas, 1905)
Phodopus roborovskii (Satunin, 1903)
Phodopus sungorus (Pallas, 1773)
Gênero Tscherskia Ognev, 1914
Tscherskia triton (de Winton, 1899)

o famoso bicho preguiça!



A preguiça, ou bicho-preguiça, é um mamífero da ordem Xenarthra (anteriormente chamada de Edentata ou Desdentada), a mesma dos tatus e tamanduás), pertencente à família Bradypodidae (preguiças com três dedos) ou Megalonychidae (preguiças com dois dedos).

Todos os dedos têm garras longas pelas quais a preguiça se pendura aos galhos das árvores, com o dorso para baixo. Seu nome advém do metabolismo muito lento do seu organismo, responsável pelos seus movimentos extremamente lentos. É um animal de pelos longos, que vive na copa das árvores de florestas tropicais desde a América Central até o norte da Argentina. Na Mata Atlântica, o animal se alimenta dos frutos da Cecropia (embaúba, conhecida por isto como árvore-da-preguiça)

De hábitos solitátios, a preguiça tem como defesa sua camuflagem e suas garras. Para se alimentar, a Preguiça utiliza-se de "dentes" que se apresentam em forma de uma pequena serra. Herbívoro, tem hábitos alimentares restritos, o que torna difícil sua manutenção em cativeiro. Dorme cerca de 14 horas por dia, também pendurada nas árvores. Na reprodução dá apenas uma cria, e apenas a fêmea cuida do filhote. Reproduz-se, como tudo que faz, na copa das árvores. Raramente desce ao chão, apenas aproximadamente a cada sete dias para fazer as suas necessidades fisiológicas. O seu principal predador é a onça-pintada.

Classificação
As preguiças modernas se dividem em dois gêneros: Bradypus, as preguiças-de-três-dedos e Choeloepus, as preguiças-de-dois-dedos. O número de dedos varia somente nas patas anteriores. Ambos os gêneros apresentam nas patas traseiras três artelhos. Apesar de terem modos de vida e aparências semelhantes, as preguiças não são parentes próximas. As do gênero Bradypus se aproximam mais dos membros da família Megaterídeos, enquanto as Choloepus pertencem aos Megaloniquídeos


Espécies
Família Bradypodidae: três dedos
Bradypus variegatus
Bradypus tridactylus
Bradypus torquatus
Família Megalonychidae: dois dedos
Choloepus hoffmanni
Choloepus didactylus
Inclui também algumas espécies extintas de preguiça-gigante

Distribuição geográfica

Distribuição do gênero Bradypus: Verde=B. variegatus, Azul=B. tridactylus, Vermelho=B. torquatusAs preguiças vivem apenas nas matas do continente americano e estão divididas em seis espécies diferentes, que podem ter dois ou três-dedos nas patas anteriores.

Apesar de ocuparem o mesmo nicho ecológico, dificilmente se verifica a presença dos dois gêneros em uma mesma área.

No Brasil, existem as seguintes espécies de três-dedos:

Preguiça-comum (B. variegatus) que também é encontrada de Honduras ao norte da Argentina e todas as florestas do Brasil.
Preguiça-de-bentinho (B.tridactylus) que também vive na Venezuela, Bolívia, Rio Orinoco, Guianas
Preguiça-de-coleira (B. torquatus) que vive somente nos nos trecho da Mata Atlântica que vão do Rio de Janeiro ao sul da Bahia, sendo esta a espécie mais ameaçada de extinção.
Em 2001 foi descoberta uma nova espécie no Panamá, a preguiça-anã (B. pygmaeus)

A preguiça-de-dois-dedos (Choloepus didactylus) é encontrada da América Central até São Paulo, no Brasil.

A preguiça-real (Choloepus hoffmanni) vive nas florestas tropicais, desde a Nicarágua até o Brasil Central.


Aparência

Choloepus sp.São animais de porte médio (cerca de 3,5 a 6 kg quando adultas), de coloração geral cinza, tracejada de branco ou marrom-ferrugem, podendo ter manchas claras ou negras. A pelagem pode parecer esverdeada graças à algas que se desenvolvem na sua pelagem servem de alimento para as lagartas de determinadas espécies de mariposa, que vivem associadas aos bichos-preguiça.

O pêlo cresce em sentido diferente dos demais mamíferos, isto é cresce do ventre em direção ao dorso. Essa adaptação se dá ao fato da preguiça passar quase o tempo todo de cabeça para baixo e isto ajuda a água da chuva correr sobre o corpo do animal.

Possuem membros compridos, corpo curto, cauda curta e grossa, adaptados para o seu modo de vida (sempre pendurados em galhos da copa de árvores altas).

Possuem 8 a 9 vértebras cervicais, o que lhes possibilita girar a cabeça 270° sem mover o corpo. Seus movimentos são sempre muito lentos e costumam dormir cerca de 14 horas por dia; por isso ganharam o nome.

A sua temperatura corporal é sempre muito próxima da do ambiente, sendo por isso considerados animais homeotérmicos imperfeitos.


Dieta
As preguiças alimentam-se de folhas novas de um número restrito de árvores, dentre as quais se conhece a embaúba, a ingazeira, a figueira, a tararanga. O estômago dos bichos-preguiça é um tanto semelhante ao dos animais ruminantes, pois é dividido em quatro compartimentos e contém uma rica flora bacteriana, que permite a digestão inclusive de folhas com alto teor de compostos naturais tóxicos.

Os dentes das preguiças não tem esmalte, por isso só se alimentam de brotos e folhas. Estão sempre crescendo devido ao contínuo desgaste. Por não ter incisivos, a preguiça parte as folhas usando seus lábios duros.

Podem também se nutrir lambendo as algas que crescem em seus pêlos.

As preguiças nunca bebem água pois a quantidade deste líquido que elas necessitam para viver é absorvida do próprio alimento, através das paredes intestinais, durante o processo de digestão.


Reprodução
A gestação da preguiça dura quase onze meses. O recém-nascido mede 20a25 cm e pesa cerca de 260 a 320 g. As fêmeas dos bichos-preguiça carregam o filhote nas costas e ventre durante aproximadamente os nove primeiros meses de vida. Durante esse período, a mãe protege o filhote, enquanto ele se prepara para sobreviver sozinho no ambiente da mata.

A expectativa de vida para uma preguiça varia de 30 a 40 anos.


Hábitos
Preferem viver em árvores altas, com copa volumosa e densa e muitos cipós, onde se penduram usando as garras que, embora possam parecer assustadoras, praticamente não servem para nenhuma defesa, devido á lentidão dos seus movimentos. Graças a essa lentidão, a sua coloração e ao fato de permanecerem na copa de árvores muito altas, é muito difícil enxergar as preguiças na mata. Mesmo assim, elas têm predadores naturais, como a Harpia, as onças e algumas serpentes.

Várias espécies de besouro e ácaro se alimentam das fezes das preguiças e usam esses animais principalmente como transporte (forésia).

Urinam e defecam apenas a cada 7 ou 8 dias, sempre no chão, próximo à base da sua árvore em que costuma se alimentar. Com isso, há uma reciclagem dos nutrientes contidos nas folhas ingeridas pelo animal, que são parcialmente devolvidos á árvore através dos seus dejetos.

Apesar de lentas em terra, as preguiças são excelentes nadadoras.


Status de conservação
Atualmente, o principal predador desses animais é mesmo o homem, que as comercializa em feiras livres e nas margens de rodovias. A ação do homem sobre esses animais tem sido muito facilitada, nos últimos tempos, pela acelerada fragmentação e destruição das matas, o que leva as preguiças a se locomoverem desajeitadamente pela superfície do solo, de uma ilha de mata para outra, em busca de sobrevivência, ficando totalmente expostas à caça e à captura.

A preguiça-de-três-dedos é muito procurada como animal de estimação. Contudo, seu metabolismo lento e adaptado as condições de vida na floresta mostra-se extremamente vulnerável a doenças, causando uma alta mortalidade entre animais em cativeiro.

Graças ao seu temperamento agressivo e a seus caninos afiados, a preguiça-de-dois-dedos não é valorizada como bicho de estimação.

Devido a seu habitat limitado à copa das árvores, e a seus hábitos alimentares especializados, a preguiça é muito afetada pela diminuição das florestas tropicais. Estima-se que venha a ser espécie ameaçada em futuro próximo.

No Brasil ocorrem todas as espécies de preguiças de três dedos, estando o B. torquatus restrito à Mata Atlântica

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A curiosa ARIRANHA



A ariranha, lontra-gigante (do inglês Giant Otter) ou lobo-do-rio (Pteronura brasiliensis), é um mamífero mustelídeo, característico do Pantanal e da bacia do Rio Amazonas.

A ariranha é a maior espécie da sub-família Lutrinae (as lontras) e pode chegar a medir cerca de 180 centímetros de comprimento, dos quais 65 compõem a cauda. Os machos são geralmente mais pesados que as fêmeas e pesam até 26 kg. A ariranha têm olhos relativamente grandes, orelhas pequenas e arredondadas, patas curtas e espessas e cauda comprida e achatada. Os dedos das patas estão unidos por membranas interdigitais que facilitam a natação. A pelagem é espessa, com textura aveludada e cor escura, excepto na zona da garganta onde apresentam uma mancha branca.

A ariranha vive e caça em grupos que podem chegar aos dez indivíduos e alimenta-se dos peixes, que habitam os rios da América do Sul, principalmente de caracídeos como a piranha e a traíra. Ingere-os sempre com a cabeça fora d'água, freqüentemente nadando pitorescamente para trás. Em condições de escassez, os grupos caçam pequenos jacarés e cobras, que podem inclusive ser pequenas anacondas. No seu habitat, as ariranhas adultas são predadores de topo da cadeia alimentar.

A época do acasalamento é na estação das chuvas, que pode ir de janeiro a março e resulta em gestações de 65 a 72 dias. Apenas a fêmea dominante do grupo se reproduz. Entre maio e setembro, as fêmeas dão à luz uma ninhada de pequenas lontras que são educadas em conjunto por todo o grupo. As crias ficam numa toca durante os primeiros três meses, após o que são integradas na vida do grupo. As ariranhas atingem a maturidade sexual entre os dois e os três anos de vida.

É uma espécie em perigo e a principal ameaça à sua sobrevivência é o desmatamento e destruição do seu habitat. A poluição dos rios, principalmente junto de explorações mineiras causam vítimas entre as lontras que se alimentam de peixe contaminado por metais, que se acumulam nos peixes e mais intensamente ainda nas ariranhas que estão no topo da cadeia alimentar. Entre os metais o que mais freqüentemente contamina animais é o mercúrio, usado na extração de ouro. Há também algumas perdas devidas a caça furtiva por causa da pele, que foi mais intensa no passado.

Os primeiros sucessos reprodutivos em cativeiro foram produzidos pela Fundação Zoológico de Brasília, onde os animais desfrutam de um ótimo recinto. A espécie protagonizou um episódio trágico no zoo: um militar, o Sargento do Exército Brasileiro Sílvio Delmar Hollenbach, atirou-se no recinto objetivando salvar um garoto que lá caíra, e apesar de ter concluído seu objetivo acabou morrendo dias depois, em virtude de uma infecção generalizada, causada pelas inúmeras mordidas.

Características
A ariranha é claramente distinguível das demais lontras pelas características morfológicas e comportamentais. Ela é o maior membro da família Mustelidae em comprimento, sendo a lontra-marinha a maior em peso. Os machos possuem de 1.5 a 1.8 metros de comprimento e as fêmeas de 1.5 a 1.7 metros. . O peso varia de 32 a 45.3 kilogramas para machos e de 22 a 26 kg para fêmeas.


Ataques a Humanos
Ataques registrados de Ariranhas são raros, a maioria ocorrido acidentalmente na região da bacia amazônica.

Porém em 1977 um ataque resultou na morte do Sargento Silvio Delmar Hollenbach no Jardim Zoológico de Brasília

A curiosa ARIRANHA